Conheça o Head of Art Vando Araújo

image janeiro 23, 2017 / Entrevistas

14184471_1191581357561339_1339055978782090710_nPorque NaJaca?

Como começou?

Quando surgiu a agência?

Para responder a essas e outras perguntas, conversamos com Vando Araújo, Head of Art e sócio proprietário da Agência NaJaca. Vando tem 36 anos, é formado em Propaganda e Marketing e atua diretamente no núcleo de criação da agência.

1 – Como foi o processo de criação da agência?

Eu comecei trabalhar em agência como “Montador de Layouts”. Montava mockup’s de todos os trabalhos a serem apresentados aos clientes. Muito curioso, fui experimentando área por área até parar na criação. Foi paixão à primeira vista. Me especializei e não saí mais desta área. Como eu já trabalhava, e já tinha conhecimento em arte, design e criação, os freelas foram surgindo. Com isso, começaram a me cobrar nota fiscal para justificar os trabalhos, e foi ai que eu vi a necessidade em abrir uma empresa. E eu tinha dois amigos que também trabalhavam em agência. Um deles era da faculdade e conhecia muita gente, então tinha um networking muito grande, por isso ele foi o nosso atendimento, trazendo clientes para a agência. Assim, se juntaram forças, sendo um designer, um jornalista e um atendimento.

2 – Quando a NaJaca nasceu?

A agência foi criada em 2007.

3 – Você encontrou dificuldades para entrar no mercado?

Bastante, como tudo, eu acho né. Primeiro: pela idade. A idade contou muito. Acho que hoje o mercado mudou, mas naquele tempo pesava muito a idade. No começo, a gente prospectava na área médica, então quando chegávamos nas reuniões eram 3 caras novos, eu tinha 25, o outro tinha 23 e o outro 20 e poucos anos. Isso fazia com que a gente não passasse credibilidade. Mas o legal foi vencer esse percalço com o trabalho. E outra dificuldade foi entrar no mercado onde ninguém te conhece, porque no início não tinha trabalho para mostrar ainda, então é difícil vender algo que não se tem exemplos. Portanto, fui colocando a propaganda ao meu favor, e fui conquistando a confiança dos clientes aos poucos.

O nome também trouxe dificuldade no começo, porque não tinha esse nome no mercado, então não tinha impacto e nem credibilidade. As pessoas pensavam no sentido pejorativo da expressão, como se enfiar o pé na jaca fosse ruim. Por isso, o meu primeiro desafio na publicidade foi reverter essa imagem e mostrar que enfiar o pé na jaca é uma expressão positiva, representando desafios, superação e ultrapassar barreiras.

4 – Você sempre quis ter uma agência?

Nunca imaginei  ter uma agência ou uma empresa. Acredito que me tornei empreendedor por oportunidade, não por vocação.

5 – Porque o nome “NaJaca”?

O principal motivo foi a identificação comigo mesmo, busquei algo que tivesse a ver com a minha personalidade e interesses. O objetivo também era criar uma marca, porque antes eu me vendia como Vando Araújo, não dava para ficar assim. Mas sobre a fruta, eu já tinha uma ideia porque a minha família toda é da região nordeste, então é uma fruta que foi muito presente na minha infância, e eu sempre achei uma fruta exótica e grandiosa. Uma agência sempre pede um nome diferente, né? Então achei que esse nome agregaria valor à empresa. Quando as pessoas entenderam o contexto, começaram a captar a mensagem positiva que nós passamos.

6 – Quais as mudanças na sua visão do mercado publicitário, de quando você começou na profissão para os dias de hoje?

Uma mudança drástica é a tecnologia. Quando comecei, o mercado offline era muito grande, ou seja, ações de marketing de papelaria, revista, trabalhos impressos. O digital entrou pra quebrar tudo, porque além de baratear todo o trabalho feito no offline, traz resultados muito mais eficientes e rápidos. Eu precisei me reinventar mais uma vez, porque a tecnologia que eu usava em 2007, hoje não é mais funcional. A tecnologia avançou de um jeito que obrigou a todos que se atualizassem, não tem jeito.

7 – Como foi a criação da logo marca da agência?

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No início, o logotipo foi feito sem muito critério, então usávamos a imagem pura de uma jaca muito bonita e eu coloquei uma plaquinha nela escrito: NaJaca. Não tinha conceito, durante anos. Mas em 2016, percebi que tinha que fazer uma marca com um conceito e um motivo, então desenhamos uma logomarca, com uma fonte diferenciada, onde tudo foi estudado. Fizemos um ícone que é o C, de comunicação e do verbo “colher” para remeter à fruta jaca.

8 – A publicidade foi a sua primeira e única escolha como profissão?

Eu sempre fui muito inquieto, então nunca soube o que queria, porém sempre fui curioso. Como eu não sabia o que queria fazer, experimentei muitas áreas. Já trabalhei em circo, fiz curso na área da saúde, fiz mecânica, elétrica, trabalhei na FIAT, e também fui cabeleireiro, mas a vida foi me levando para um caminho que eu não imaginava. A publicidade é uma área que exige referências, principalmente para a criação, e como eu já “viajei” por diversas áreas, facilita na hora de executar um job.

9 – Com o que você mais gosta de trabalhar?

Gosto principalmente de trabalhar com pessoas, de me comunicar. E na área publicitária, gosto de criação. Priorizo conversar e analisar com o cliente para saber o que posso oferecer. Prezo pelo lado humanizado das coisas. Quando descubro a necessidade de um cliente, crio junto a minha equipe todo um plano para que haja retorno para ele.

10 – Você vê possíveis mudanças no mercado publicitário?

Sim, é muito rotativo. Acho que o digital veio e a gente não pode se limitar achando que não vai mudar mais nada. A tecnologia está em constante avanço. Por exemplo, hoje ninguém mais contrata alguém para fazer um outdoor, mas contratam um blogueiro, pois é formador de opinião, e antigamente isso nem existia. E o mais importante: tem que estar atento às mudanças para que a gente acompanhe as novidades sobre as tendências.

11 – É difícil manter em exercício uma agência de publicidade?

Não é fácil, mas o maior ingrediente para manter é a paixão pelo que se faz. Com ela, é permitido que se tenha tudo o que precisa, como coragem, pique, garra e disciplina. Também é necessária a especialização, o estudo e o entendimento de vários ramos e áreas sobre a publicidade e outros diversos assuntos atuais.

12 – Quais são seus sonhos e pretensões em relação à agência e à profissão?

Eu já sou um sonhador nato, por isso tenho muitos sonhos, mas um deles, que eu trato como minha missão, é ajudar as pessoas, os clientes e as marcas. O nosso trabalho aqui na agência é muito gratificante, pois transformamos e induzimos o desejo de pessoas a comprar produtos x ou y. Quanto à agência, meu sonho é sempre crescer mais, torná-la referência e, com pessoas do bem, onde todos ganham.